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Prints mostram Lucas Lucco negociando carros de luxo com falso advogado que levaram a indiciamento por fraude
18/07/2025
(Foto: Reprodução) Prints mostram Lucas Lucco negociando carros de luxo que levaram a indiciamento por fraude
Reprodução/TV Anhanguera
Prints obtidos com exclusividade pela TV Anhanguera mostram o cantor Lucas Lucco negociando carros de luxo que levaram a indiciamento por fraude em Goiás. Nas mensagens, o cantor fala que um dos Porsche Panamera estava sem inadimplência para transferência e a outra, precisaria regularizar.
“A cinza já está lisa. A preta, eu ajeito”, falou o cantor com o falso advogado, que teria oferecido uma oportunidade de negócio à vítima com as duas panameras que pertenciam ao cantor.
Ao g1, a assessoria jurídica do cantor informou que o artista e o pai foram vítimas de um golpe e sofreram grande prejuízo financeiro, pois não estão na posse de nenhum veículo (leia a nota na íntegra ao final do texto).
"Lucas Lucco e seu pai foram vítimas de um falso advogado, que engendrou um plano criminoso fraudulento, incluindo falsificação de assinatura digital do cantor, falsificação de documentos perante a Justiça do Estado de Goiás e outros artifícios", disse a assessoria.
Ao g1, a defesa do falso advogado afirmou em nota que a negociação envolvendo o veículo Porsche não teve indício de ilicitude ou fraude que se tratava de operação legítima, documentada e chancelada judicialmente. A defesa alegou também que ele não atuou como intermediário, pois ele era o "legítimo proprietário do veículo".
"O empresário mencionado na operação adquiriu apenas uma parte do bem, tornando-se sócio da transação, mas não chegou a quitar o valor integral inicialmente acordado", informou a nota (confira a nota completa ao final da matéria).
Em outro print da conversa entre o cantor e o falso advogado, Luccas Lucco a dimensão da negociação. “Isso vai ficar muito maior do que qualquer empresa que eu tenho ou você tem ou [empresário que é vítima da negociação] tem”, afirmou.
Lucas Lucco é indiciado por fraude na venda de carros de luxo, em Goiás
Reprodução/Instagram de Lucas Lucco e TV Anhanguera
Entenda o caso
A Porsche GT4 era do falso advogado, mas, como o veículo estava com busca e apreensão e estava indo a leilão, ele pediu para que a vítima quitasse o veículo junto com a agente financeira. A vítima é um empresário e amigo do falso advogado.
Ao quitar o veículo, o empresário passou a ser dono do carro de luxo, informou o delegado Manoel Borges, da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Goiânia. Após isso, o "advogado" teria oferecido uma oportunidade de negócio à vítima com as duas panameras do Luccas Lucco.
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"Eles [suspeitos] teriam em conluio feito esse negócio de permuta, porém omitiram, quando das tratativas, de que as duas porsches panameras estavam inadimplentes junto ao agente financeiro. Ele [a vítima] passou a sua porsche GT4 e pegou as duas panameras", explicou o investigador à TV Anhanguera.
Segundo a polícia, o empresário só descobriu depois que havia inadimplência. "Portanto, ele foi enganado. É um crime de estelionato", disse Borges.
Para a polícia, o cantor disse que não omitiu a inadimplência dos carros. "Eu não tenho motivos para ter omitido a questão do carro ainda estar sendo pago", disse.
Indiciamento
Lucas Lucco, o pai dele e o falso advogado foram indiciados nesta quarta-feira (16), informou o delegado. Ao g1, ele contou que a investigação começou há quatro meses, o empresário fazer a denúncia, alegando ter sido prejudicado durante uma negociação.
Os suspeitos foram indiciados por estelionato, associação criminosa, falsidade documental e ideológica. O delegado contou que o falso advogado também deve responder por fraude processual por "ter cometido um crime contra o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás".
Nota da defesa de Lucas Lucco
A assessoria jurídica do cantor informa que, desde o início, contribuiu com investigações, apresentando à Autoridade Policial todas as provas no sentido de que Lucas Lucco e seu pai foram vítimas de um golpe, numa permuta de veículos porsche.
A partir do acesso que a assessoria jurídica do cantor teve ao relatório final do inquérito policial, informa-se, desde já, que Lucas Lucco e seu pai jamais participaram dos crimes. Em verdade, Lucas Lucco e seu pai foram vítimas de um falso advogado, que engendrou um plano criminoso fraudulento, incluindo falsificação de assinatura digital do cantor, falsificação de documentos perante a Justiça do Estado de Goiás e outros artifícios.
Lucas Lucco e seu pai sofreram grande prejuízo financeiro após as manobras criminosas, visto que, no momento, não estão na posse/propriedade de veículo algum.
Vale ressaltar que o caso, além de ser investigado em inquérito policial que tramita em Goiânia/GO, está sub judice em Vara Cível da Comarca de Uberlândia/MG, de forma que, após o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa, os fatos serão esclarecidos, comprovando-se que Lucas Lucco e seu pai estão na posição de vítimas de estelionato e outros crimes.
NOTA DA DEFESA DO FALSO ADVOGADO
A defesa vem a público esclarecer que a negociação envolvendo o veículo Porsche não possui qualquer indício de ilicitude ou fraude, tratando-se de operação legítima, documentada e chancelada judicialmente.
Ao contrário do que vem sendo veiculado, ele não atuou como intermediador da venda: ele era o legítimo proprietário do veículo, que estava registrado em seu nome. O empresário mencionado na operação adquiriu apenas uma parte do bem, tornando-se sócio da transação, mas não chegou a quitar o valor integral inicialmente acordado.
Posteriormente, diante da inadimplência de Lucas Lucco quanto ao pagamento dos gravames financeiros do veículo, bem como da recusa do empresário em arcar com o valor pactuado, ele obteve a restituição judicial do veículo, por decisão legítima proferida no Estado de Goiás e confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Não há qualquer fraude processual. As guias de custas judiciais foram canceladas em Goiás e o processo foi corretamente remetido a Minas Gerais, onde houve o regular recolhimento. Tudo tramitou de forma pública, legítima e transparente.
A ação judicial somente foi ajuizada porque Lucas Lucco, além de não quitar os veículos que ofertou na permuta, vendeu um deles a uma loja em São Paulo, sem cumprir a obrigação contratual firmada.
Importa frisar que nosso cliente jamais teve ciência de que os veículos ofertados na permuta estariam alienados ou com qualquer gravame, até porque ele próprio era credor na operação em questão, sendo, portanto, vítima direta da inadimplência.
A tentativa de transformar um litígio contratual em questão criminal é lamentável e será enfrentada com serenidade pela defesa, que confia plenamente na apuração técnica dos fatos e no reconhecimento da lisura da conduta de seu constituinte.
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